sábado, 5 de novembro de 2011

Eu e ele... Ele e eu

Esses dias que tenho trabalhado na creche só me fazem ter mais certeza de uma coisa: Nasci pra ser mãe! Contei em um post anterior que um dos garotinhos de lá, o Léo, pensa que sou mãe dele. Ok, agora não mais, mas no começo, quando ele me conheceu, pensou que eu fosse. rs E nós criamos uma conexão tão linda. Ele pode nem fazer ideia disso, mas eu tenho cada vez mais vontade de roubá-lo pra mim e fugir pra bem longe! rs Tudo bem, pensamentos psicopatas afastados... Não sei... É tão difícil explicar esse tipo de coisa, mas o sorriso lindo dele me conquistou na primeira vez que o vi. Foi amor a primeira vista, com certeza.


Sexta-feira passada teve reunião dos pais então eles nem foram pro parque. Acordaram, tomaram banho e foram pra varanda brincar. Ou seja, passei a tarde toda com ele por perto. Ele tem a boca bem grande, então quando ele come e está com a boca cheia, os lábios dele ficam num bico constante e perfeito. rs Na primeira vez que o vi e pude passar mais tempo com ele eu o ensinei a fazer bico. Uma diversão total, quando digo "Léo, faz bicão", ele dá risada e faz 'bicão' pra mim. Ou quando estou longe, eu o chamo e faço bico, ele ri e faz também.


Ele pegou a mania de, quando toma água ou outra coisa, ele esconde o rosto no copo quando está tomando e fica "Huuuum! Huuuum!", me chamando. E só para quando eu me aproximo e toco o nariz no fundo do copo. Não dá pra ver, mas eu sei que ele está sorrindo porque eu vejo o cantinho dos olhos se enrugarem. Isso faz o meu dia. Depois disso, ele toma um pouco, se afasta e oferece pra mim. Numa dessas, na semana passada ele me deu um banho! DE PROPÓSITO! Tomei um susto, mas a alegria dele ao fazer aquela arte e o som da risada pagaram qualquer coisa, inclusive o incômodo de ficar com a blusa molhada.


Hoje, o avô dele que veio buscá-lo. Ele estava conversando com as 'tias' de lá e o Léo de uma hora pra outra fixou o olhar em mim. Quase nem piscava. O pessoal percebeu e todo mundo fez aquela "cara de oun", sabe? rs Dai o avô dele falou que ia embora. No mesmo instante ele começou a se retorcer no colo do avô. Fez bicão e esticava o corpo na minha direção. Todos ao redor continuaram com a "cara de oun". Eu me aproximei dele, virei o rosto e ele beijou minha bochecha. Um amor!


Eu trabalho lá tem quase um mês, mas só na segunda semana que eu o conheci. E desde então, quando eu chego e ele me vê, ele vem correndo me abraçar. Dois episódios lindos aconteceram. Um foi hoje e o outro na sexta passada.


28 de Outubro de 2011


Cheguei na creche, vi que as crianças já estavam acordadas e brincavam no parque. Olhei meio por cima e não vi o Léo. Passei pelo refeitório, ninguém. Depois de verificar os quartos, cheguei no berçário e quando abri a porta ele estava bem no rumo. Uma das 'tias' estava terminando de colocar a camiseta nele. Ele nem esperou terminar. Saiu correndo com a camiseta enroscada apenas no pescoço e abraçou minhas pernas. Eu me afastei e o olhei. Ele riu e estendeu os braços pedindo colo. Fantástico!


04 de Novembro de 2011


Sabe aqueles momentos que você vive e que as vezes tudo que você queria é que alguém tivesse filmado pra que você pudesse assistir àquela cena pelo resto da vida? Hoje eu vivi uma coisa assim... Eu cheguei e só os pequenos (um e dois anos) estavam acordados. Eles estavam no corredor lateral do refeitório que dá pro parque. Não sei se vai dar pra entender muito bem como é o esquema. Mas o Léo tem a mania de, quando ouve o portão abrir, sempre olhar pra ver quem é. Quando cheguei foi isso mesmo que ele fez. Só pra constar o fato, ele é faminto, se deixar come o dia todo. E bem na hora que eu cheguei a 'tia' ia começar a dar fruta pra eles comerem, pra variar ele era o primeiro da fila. O barulho do portão o distraiu e quando ele viu quem era, saiu de perto das outras crianças, parou e ficou me observando vir na direção dele. Abriu o sorriso mais lindo que eu já vi e veio correndo com os braços abertos. Eu o segurei e o abracei. Não tem outra palavra pra descrever o momento além de mágico


Conversando com algumas meninas/moças/mulheres por ai eu percebi uma coisa que, pelo menos pra mim, é triste. A maioria declara não querer ser mãe antes dos 30 anos. Porque? Dizem querer aproveitar a juventude pra só depois pensar em casar e mais depois ainda cogitar ter filhos. Não julgo ninguém. São opiniões diferentes. Mas eu acho que quando entende-se a magia que é ser mãe, quando se dá conta de que nós, mulheres, somos seres privilegiados por podermos gerar um outro ser dentro de nós, a coisa muda. Eu quero mais é me casar logo e ter filhos logo. Quero dedicar minha juventude e saúde a meu(s) filho(s), e não a mim. Quero poder sentir aquele novo ser humano crescer dentro de mim e poder senti-lo se manifestar. Quero cantar pra meu filho quando ele ainda estiver em minha barriga e depois, quando ele estiver no berço e chorando e eu o pegar no colo, faze-lo se acalmar ao ouvir novamente minha voz cantando a mesma música que cantava antes mesmo dele vir ao mundo. Quando se entende que ser mãe é um dom divino, quando se percebe que nunca você vai amar alguém tão intensamente como quando tiver um filho, opiniões podem mudar. 


Falando sobre isso com minha mãe dias atrás ela me disse uma coisa que, mesmo eu ainda não sendo mãe, eu pude entender. Qualquer dor, física ou emocional, qualquer lado ruim que possa haver na maternidade é compensado por coisas simples como poder abraçar seu filho, amamentar, vê-lo crescer e aprender a te amar. Essa semana eu arrumei uma dor nas costas muito chata, que tenho quase certeza ser consequência do fato de ficar com o Léo (e outras kids da creche) no colo. Mas a dor vai embora quando momentos, como os que eu contei acima, acontecem. O sorriso sincero e o anseio pelo seu colo em especial faz qualquer 'lado ruim' acabar. Ser mãe é definitivamente o maior sonho da minha vida. E se dependesse apenas de mim eu já o teria realizado...


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